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Como funciona a direção? Direção e Servodireção - Efeito Ackermann - Física da Roda

O que acontece quando giramos o volante do nosso carro? Vamos descobrir juntos neste novo vídeo, onde explicaremos todas as funções do sistema de direção.

Uma das coisas fundamentais em um veículo é a capacidade de manter ou mudar uma certa direção. Isso é possível graças à direção, que tem a função de mudar a direção das rodas dianteiras do carro. Mas por que, depois de girar o volante, o carro segue uma curva específica e não continua em linha reta? Para responder a essa pergunta, precisamos primeiro entender a física da roda, uma das maiores invenções da humanidade. Se a roda do carro gira perfeitamente sobre si mesma, é porque sua velocidade no ponto de contato com a superfície é igual a zero. Mas como a roda pode ter velocidade zero? Isso acontece porque a roda apresenta dois tipos diferentes de movimento: o movimento que translada o carro para frente (chamado de velocidade de translação) e o movimento rotativo ao longo do seu eixo (chamado de velocidade de rotação). Podemos observar que essas duas velocidades têm direções opostas e, quando somadas, anulam-se, criando assim uma velocidade zero no ponto de contato entre a roda e a superfície.

Esse princípio nos ajuda a entender melhor o mecanismo da direção. Suponhamos que, após girar o volante, o carro continue a se mover em linha reta, sem fazer a curva. Nesse caso, a direção da VELOCIDADE DE ROTAÇÃO estaria inclinada, enquanto a direção da VELOCIDADE DE TRANSLAÇÃO permaneceria reta. Assim, a velocidade no ponto de contato nunca poderia ser zero, o que faria o carro deslizar. É necessário, portanto, que ambas as velocidades sigam a mesma direção.

Isso só é possível quando todo o veículo gira em torno de um ponto central específico. As linhas perpendiculares das duas rodas dianteiras devem encontrar a linha perpendicular das duas rodas traseiras nesse ponto para realizar uma curva correta. Como mostrado no gráfico, as duas rodas dianteiras têm ângulos de direção diferentes. Esse fenômeno é chamado de EFEITO ACKERMANN, nomeado em homenagem ao estudioso Rudolph Ackermann, que observou esse princípio em corridas de charretes.

JAES, com mais de 10 anos de experiência no setor de suprimentos industriais, tornou-se parceira de referência para algumas das mais importantes empresas da indústria automobilística, oferecendo suporte técnico a inúmeros fabricantes de automóveis.

O sistema de direção do nosso carro permite que ambas as rodas dianteiras tenham o ângulo de direção correto. A DIREÇÃO DE CREMALHEIRA E PINHÃO é o tipo de direção mais comum em automóveis. No centro desse mecanismo encontramos a CREMALHEIRA, que é um engrenamento linear projetado para se mover apenas em linha reta. Já o PINHÃO está conectado à coluna de direção e move a cremalheira para a direita ou para a esquerda toda vez que giramos o volante.
Ligados às rodas, os BRAÇOS OSCILANTES podem realizar apenas um movimento rotacional em torno do eixo indicado. Os braços oscilantes, por sua vez, estão conectados à cremalheira por TIRANTES que transmitem o movimento de translação e rotação.

Agora vejamos o que acontece quando giramos o volante do carro. Como mencionado, as rodas dianteiras têm dois ângulos de direção diferentes. Ao observar suas perpendiculares, vemos que elas sempre convergem para o centro de rotação localizado na perpendicular das rodas traseiras. Dessa forma, a curva é feita sem derrapagens ou deslizamentos dos pneus.

O sistema de direção que explicamos até agora é manual. Atualmente, a maioria dos veículos utiliza um mecanismo elétrico chamado SERVODIREÇÃO, que facilita e torna a operação de direção mais precisa.

Aqui vemos um exemplo de servodireção assistida, onde um motor brushless controla a COLUNA de direção e o PINHÃO. O motor brushless pode girar o mecanismo no sentido horário e anti-horário. Uma unidade de controle eletrônico decide quanta potência o motor deve transferir ao mecanismo de direção, com base no ângulo de direção, na velocidade de rotação do volante e na velocidade do veículo.

Um sensor de efeito HALL controla o torque exercido pelo motorista, facilitando a direção. Em outras palavras, ele "suaviza" a direção, tornando-a mais leve durante a manobra.

Mesmo em caso de um pneu furado, o servodireção entra em ação, ajudando o motorista a manter a trajetória do veículo.

Se estiver difícil girar o volante do seu carro, pode haver problemas na caixa de direção ou danos no servodireção. Isso pode ser causado pela pressão inadequada nos pneus dianteiros (muito baixos) ou pelo desalinhamento e cambagem incorretos das rodas.

No próximo episódio, falaremos sobre o sistema de frenagem e toda a sua componente eletrônica, como o sistema de controle de estabilidade ESP.